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sexta-feira, 23 de maio de 2008

O teu riso...

(Imagem da net)

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.


Pablo Neruda

segunda-feira, 5 de março de 2007

Tu eras...

(Imagem da net)
,
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
,
Pablo Neruda
,

Dois...

(Imagem da net)
.
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objectos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.

.
Pablo Neruda
.

domingo, 4 de março de 2007

Morre lentamente...

(Imagem da net)
,
Morre lentamente...
...quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...

Morre lentamente...
...quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar...

Morre lentamente...
...quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...

Morre lentamente...
...quem faz da televisão o seu guru...

Morre lentamente...
...quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos...

Morre lentamente...
...quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos...

Morre lentamente...
...quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...

Morre lentamente...
...quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe...

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige
um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de
felicidade.

Pablo Neruda
.

domingo, 23 de julho de 2006

Vazio...


Ao caminhar pelas areias decidi deixar-te...
.
Pablo Neruda
.
..
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
.
Eugénio de Andrade, "sem ti", Poesia
«O destino une e separa pessoas, mas mesmo ele sendo tão forte, é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que por algum momento nos fizeram felizes...»
Recados Para Orkut

Mensagem da White Angel:


Tentem viver o dia de hoje bem devagarinho, tentem aproveitar todos os segundinhos e só depois virem a página... Este é o meu mundo perfeito, (apercebi-me disso agora(!), as palavras e a música embalam-me e esqueço o mundo lá fora)...